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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Parece mágica , mas já é possível regenerar o coração .

Células-tronco restauram o músculo e até criam novos vasos .


Desde que os pesquisadores descobriram o potencial das chamadas células-tronco em se transformarem em praticamente qualquer célula, elas viraram as queridinhas dos laboratórios em busca de soluções para males até hoje sem cura. É o caso das lesões na medula, responsáveis por deixar a vítima em cadeira de rodas, e dos danos aos tecidos do cérebro e do coração, causados por derrames e infartos. Isso só para citar alguns poucos exemplos das possibilidades terapêuticas delas.

O problema é que, além das dificuldades técnicas, esse tipo de pesquisa tem esbarrado em fortes questões éticas. Afinal, as tais tronco apesar de se encontrarem no sangue e em alguns tecidos do organismo têm suas melhores fontes nos embriões humanos. As células que surgem da divisão do ovo recém fecundado vão originar absolutamente todas as células do futuro bebê. E é nelas que a Ciência está de olho, não sem enfrentar fortes polêmicas e oposições de vários grupos.


Na tentativa de driblar essas dificuldades, os cientistas têm feito experimentos com células-tronco de outros tecidos, e inclusive do próprio paciente, e vários estudos em animais vem mostrando resultados mundo afora. É um tratamento promissor, mas que vai demorar para ser adotado , diz Bráulio Luna Filho, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

As existentes na medula óssea, por exemplo, já são conhecidas há anos. Tanto que são usadas para transplantes de medula. Mas, recentemente, descobriu-se que elas também podem originar outro tipo de célula e, por isso, estão sendo pesquisadas para tratar áreas mortas do coração. Pelo menos em modelos animais já se demonstrou que as da medula conseguem se implantar na área lesada do coração, diferenciando-se em células musculares cardíacas e formando novos vasos. Outros estudos analisam certas células presentes na pele para o mesmo fim.

No Brasil, esse campo também vem sendo explorado e há várias pesquisas em andamento, inclusive com pacientes. Um dos exemplos vem do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, que tratou voluntários com injeções de células do próprio organismo. Os resultados foram animadores, já que levaram à regeneração a longo prazo do músculo e à criação de novos vasos .

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