Páginas

terça-feira, 5 de julho de 2011

Professores vão pedir audiência de conciliação à Justiça !

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) tem até hoje para apresentar contra-argumentos na ação judicial, de autoria do Governo do Estado, que pede o retorno imediato dos professores ao trabalho. O Sinte vai apresentar os motivos da greve e pedir que a ação seja convertida numa audiência de conciliação.
"Queremos de novo nos sentar numa mesa de negociação com o Governo, dessa vez com a presença do desembargador, para tentarmos chegar a um acordo", informa o coordenador da regional de Mossoró do Sinte, Rômulo Arnaud, acrescentando que o procedimento reitera a disposição ao diálogo dos professores.
Ele se diz otimista com a aceitação da proposta, já que a audiência de conciliação foi o mesmo procedimento decidido pelo desembargador Virgílio Macedo Júnior, que analisou a ação do Governo do Estado, quando da greve de servidores da Prefeitura do Natal no ano passado. "Já existe esse precedente jurídico e estamos confiantes", diz.
Os professores da rede estadual realizam assembleia hoje, às 8h30, na Escola Estadual Winston Churchill, em Natal, para avaliar a continuidade da greve da categoria diante do pedido de volta às aulas feito à Justiça pelo Governo do Estado, na última sexta-feira, mesmo dia da notificação ao Sinte. A greve começou no final de abril.
A direção do Sinte/RN diz ter recebido o pedido com indignação. "Vamos nos defender judicialmente e ir ao ataque politicamente, denunciando mais esse desrespeito", esclarece o coordenador-geral do Sinte, Teixeira, acrescentando que a orientação é de que os professores mantenham a greve.
Para a coordenadora do Sinte-RN, Fátima Cardoso, a medida demonstra a falta de vontade de negociar e a intenção de ignorar a educação do nosso do Estado. "Estamos profundamente indignadas com esse ato de desrespeito à luta em defesa da educação pública. Mas não será esta medida que irá inibir a luta da categoria e a ação deste Sindicato", assegura.
O Estado alega que determinou o imediato cumprimento e implantação do Piso Nacional, o que significa um aumento de 34% nos salários dos professores. "Diante do insucesso das negociações com o Sinte, não restou alternativa senão pedir ao Poder Judiciário que determine a imediata volta dos professores à sala de aula, uma vez que a greve está prejudicando cerca de 300 mil alunos, que correm o risco de perder o ano letivo de 2011", explicou o procurador-geral do Estado, Miguel Josino.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário